terça-feira, 31 de março de 2009

A rua de sempre


Lá estava eu, olhando para o céu enquanto caminhava até chegar em casa. Naquele dia, provavelmente as nuvens roubariam de mim a satisfação de poder ver estrelas.
Ninguém passava por perto, era somente o ermo e solidão. Raramente eu queria andar vagarosamente, mas naquele dia nada fazia sentido.
Calmamente observei as flores que talvez eu nunca tivesse reparado. Senti o perfume das bela rosas e não mais queria sair dali.
Meu estado de graça pouco durou, pois logo me vi frente ao portão que fazia meus olhos encherem de lágrimas.
Agora estou aqui, inerte; apenas ouvindo os ruídos da noite e o som do relógio, mas sempre vou guardar comigo este dia e aquele momento. Talvez daqui a algum tempo eu tenha consciência de que fui feliz e não soube aproveitar.

domingo, 29 de março de 2009

Condição humana

Nesse instante estou sem criatividade para postar algo que realmente mereça ser lido...Então eis que deixo o meu blog para ir dormir...(na verdade fazer o trabalho de química!!!!)

Sem assunto...

Frase do dia: "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. "

(William Shakespeare)

sábado, 28 de março de 2009

Memórias


A chuva que cai apenas me faz lembrar de tempos remotos, em que eu era feliz e não sabia...

sexta-feira, 27 de março de 2009

Nostalgia

O clima lúgubre que se seguia podia ser percebido nos corredores e em cada objeto ali presente. O frio já era parte integrada do ambiente e no alto da grande escadaria, não havia espaço para nenhum tipo de calor. As vozes ecoavam como altos sonetos sem importância alguma e aos poucos, com o tocar dos sinos, iam silenciando, até nada mais restar. Por fim respirava-se a paz.
O chão era gelado e por detrás das portas de madeira talhada, nada se ouvia, apenas impressões, que às vezes se tornavam apavorantes.
Sentado, observando tudo, permanecia ali: imutável, estático e sem ânimo de levantar-se. Esporadicamente passos pesados partiam de um lado do corredor para o outro, mas sem permanecer por muito tempo.
As janelas todas sem vida, se tornavam parte daquilo que um dia fora um esplendor. Nenhuma planta, nenhuma vida. Nada era tão bom quanto o silêncio mórbido que perdurava por demasiado tempo que marcava em sua mente.
Os pingos de chuva que caiam, tornavam tudo mais remoto, e durante longo período, os pensamentos eram seu companheiro, amigo, confidente e acima de tudo, sua morte.
Hipocrisia, mentiras, falsas promessas e coisas ultrajantes, se distanciavam cada vez mais ao passo que se isolava em seu refúgio sombrio. Ao som estridente do aviso final, tudo desmoronava. O que era verdade se tornava a mais elaborada mentira, o que era bom transformava-se em horror e o que era eterno acabava.