sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Dilema...

Não que tenha me voltado a inspiração, mas me aconselharam a voltar a escrever, como se isso tornasse minha dor mais amena...Mal sabem o que sinto, mal sabem quem sou....
Ouvindo a música mais triste que poderia encontrar, fecho meus olhos e apenas sua face me vem a mente, apenas seu olhar brilha em meio a escuridão que pairou sobre minha face, apenas sua fé torna a minha fé existente...Devo realmente lhe agradecer ao mesmo tempo em que lhe peço perdão por tudo.
Provavelmente não lerá estas palavras vãs, porém, se ler, entenderá, irá saber a que me refiro...
Mais um dia, mais uma lágrima. Fazendo
de minha existência menos triste, de minhas escolhas menos importantes e de meus pensamentos...ahhhh..estes? Mera poeira...
Queria por fim tocar a felicidade, voltar a senti-la. Agora, faço dela minha única esperança, meu único motivo para respirar. Já não o tenho mais, embora esteja comigo... Já não posso ver sua alegria, mas sinto sua dor...compassiva, afável, sem aceitar os fatos...
Dedicaria várias e várias palavras do meu vocabulário para tentar descrever como estou, porém, isto seria tão inútil quanto esperar chuva em meio ao deserto mais remoto, ou poder tocar uma estrela. Me refreio apenas ao fato de que nada foi em vão. Por mais longínquo que pareça, tenho fé...a mesma fé que você me ensinou a ter...

domingo, 12 de julho de 2009


Regras - passar pra 7 blogs e responder a seguinte questão "O que significa pra mim ser um homo sapiens?"
Ser Homo Sapiens realmente significa alguma coisa pra mim?
Isso vai além de um nome científico ou uma qualificação na "escala evolutiva", ser homo sapiens ou ser humano é muito mais complexo do que se pensa. De nada vale ser classificado como ser pensante se o que se vê é irracionalidade demasiada. Pra mim, o objetivo de estar vivo, é simplesmente viver.
Não precisamos medir forças com outros, nem tão pouco apoiar atitudes insensatas.
Mas precisamos ajudar, deixarmos o egoísmo de lado e realmente fazer por merecer o título Homo sapiens.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cartas anônimas

Eis que apresento a vós leitores, apenas uma sucinta descrição de como estou aproveitando essas últimas horas antes de visitar meus sonhos.
O frio realmente é intenso; e creio que permanecerá até o fim da semana. Embora não haja muito o que ser comemorado, fora o fato de eu ainda estar viva, devo relatar que o céu está deslumbrante. Não que isso vá fazer diferença na vida pacata de alguém, mas para mim, é como presenciar um milagre. Sinto pesar por não poder observar mais de perto esses "pequenos" pontos luminosos, que juntos, compõe a noite mais bela que já vi.
Diferentemente dos demais textos que escrevi, este em especial, não carrega marcas de angustia ou total decadência humana, embora não possa alegar que me encontro em total alegria. Apenas estou com real vontade de lhes contar o que vejo, enquanto a luz artificial desse ressíntuo me ilumina. Aproveitarei também a criatividade que me sobreveio hoje, depois de sumir completamente durante dias.
Observo as pessoas saindo de suas casas, e é absolutamente incrível como me sinto diante de situações como esta. Muitas delas (assim como eu), tem um rumo previsto diariamente, entretanto suas mentes vagam em busca de um lugar para ficar e ali alcançar um objetivo.
Peço desculpas por não estar proferindo coisas que façam sentido, mas creio que para alguém essas palavras servirão para algo.
Sinto-me na obrigação de dizer que a vida (pelo menos o pouco que dela conheço) se baseia em dois fundamentos básicos: O primeiro é ter fé, e o segundo é acreditar que apenas isso não basta.
- Tenho fé que ainda presenciarei vários milagres além do fato de acordar todos os dias, e
acredito que de nada me valerá sentir isso, se continuar a buscar a morte.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Redoma de vidro




O que acharia, pois se no momento em põe-se a falar seu mundo desabasse?
Se não houvesse mais os muros de mentira para apoiar-se?
Se tudo o que pensa e o que faz, apenas fossem sonhos?
Não existem paredes fortes o suficiente para segurar uma grande avalanche. Ouvem-se ecos do mais profundo abismo, e quem dele se aproxima, só sai louco.
Amarguras e fantasias vagas se misturam em meio ao sentimento de profunda solidão.
Olho em volta e nada vejo, só representações de coisas e pessoas que fazem parte de um mundo de faz-de-conta. Mundo a que ainda estou presa. O mesmo que só há parte de dentro. Um mundo de fácil acesso, mas de difícil compreensão.
Cenas mórbidas e fúteis confundem-se em meio as memórias de tempos remotos e de aparente alegria, mas que carregam o mais puro rancor.
Se tudo o que vemos e sentimos fizesse parte daquilo que é real, o mundo da mentira acabaria.
Frutos da distância e da ausência de compreensão, nos levam a trilhar o pior dos caminhos: o das flores.
Quem vive de sonhos?
Se pudesse fugir, já não ouviria mais falar de mim;
Se pudesse criar meu perfeito estado mental e emocional...seria feliz!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Inconstância


Por fim o dia acaba , e eu , mais uma vez, estou aqui, presa dentro de mim mesma.
Quero chorar , mas minhas lágrimas a muito secaram.
Quero gritar, mas minha voz já não sai.
O que me resta é permanecer inerte perante a velha e sombria janela.
Através dela, vejo a leve chuva que aos poucos molha a relva. Ao longe apenas avisto os pequenos pontos de luz que daqui a pouco se apagarão.
Minha mãos tremulas , meus pés gelados e meu corpo sem forças revelam o que sinto. Simplesmente cansei de fingir, cansei de usar a maquiagem que esconde quem realmente sou. Jogo tudo fora, mas ainda falta livrar-se de mim.
Quem pode entender?
Aqueles que se camuflam por detrás de seus problemas, escondem a face desfigurada pelo sofrimento.
Faço dos retalhos que sobraram a continuação, e o amanhã; quem sabe!
Escrevo hoje, apenas, pois talvez me faltem forças para tornar a fazê-lo.
Sem ter com quem falar, acabo por proferir palavras ao desgastado espelho, o mesmo por onde vejo meu rosto desvanecer cada vez mais rápido.
Agora desisto, porém, o faço com a consciência de que um dia tentei, embora o fracasso tenha sido inevitável.
Jamais superarei meus traumas, Jamais superarei meus sonhos, jamais superarei meu cansaço, e jamais superarei a mim mesma.
A cama em que durmo é repleta de espinhos, os quais me atormentam com suas vozes baixas e que só eu posso ouvir e sentir.
Aos poucos o sono vem, entretanto, não o espero mais. Sentada, continuo a transpor para o papel todas as minhas mágoas.
Tudo está longe agora, e apenas a solidão me agrada. Sinto-me feliz por sofrer, e não me importo em agonizar. O tempo que tive para me acostumar a tudo isso, me rendeu um impenetrável escudo, em que sempre me apoio, embora continue caindo.
Levando, mas já não sinto que precise, pois o chão gelado acaba por ser minha única e fiel companhia.
Não fala, não respira e não vê...
...apenas ouve minhas sinceras palavras.

sábado, 18 de abril de 2009

Feld der Erinnerungen

Para mim há uma nova esperança, mas não consigo seguí-la. O abismo em que estou é fundo demais para subir até a superfície, e então aqui permaneço.
De que valeram minhas "conquistas"?
De que valeram os meus sonhos?
De que valeram as minhas metas?
De que vale continuar?
Respostas, respostas, onde estão?
A árvore ainda está lá, assim como a ponte, as flores, o velho banco, mas eu...não.
Quero quebrar tudo o que vejo, mas já não existe uma razão para isso.
Por dentro não mais respiro, estou morrendo...
O complexo se torna cada vez mais apertado. Não consigo sair...não quero sair...
Onde está todo mundo?
Onde está a verdadeira vida?
Onde está a esperança?
Onde está o meu coração?
Tudo o que vejo além do Sol são sombras...tristes sombras.
Acabou?
Ainda não...
A solidão perdura e não me abandona, pois somos uma só.
Futilidades, mentiras, medos e tristezas se fazem parte constante do que vivo e percebo.
Procuro a faca que acabará com tudo,
Procuro os remédios que me acalmarão,
Procuro a luz para onde correr,
Procuro o que já tenho...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Refletir

“Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol.”
- Pablo Picasso

quinta-feira, 16 de abril de 2009

[...]







Com a cabeça baixa, permanecia em meio ao frio que congelava suas lágrimas. Sentia a dor mais profunda, porém nada fazia para livrar-se dela.
Ao horizonte fitava a luz para onde deveria fugir, mas já não reunia forças para o fazer. Essa mesma luz então se apagava, até sumir completamente.
Tinha medo da mão pesada que lhe tocava o ombro. Sabia que logo ouviria a voz que tanta lembranças ruins trazia.
Jamais iria curar-se, pois não havia remédio para sua doença. Não mais fazia questão de viver, apenas mergulhar no mundo de mentira que criara seria suficiente para sumir e nunca mais voltar.
Ninguém sentiria sua falta, pois jamais notaram sua presença.

sábado, 11 de abril de 2009

Contos Noturnos


Engoliu o resto de vinho que ainda restava em seu copo, abriu a janela do pequeno quarto onde estava e por fim contemplou a noite.
As estrelas nunca estiveram tão brilhantes, e a Lua parecia se aproximar cada vez mais. Em sua mente formava desenhos, nomes e símbolos com os vários pontos luminosos que via.
Ao longe não mais havia vestígio da existência do Sol que a muito se fora. Tudo silenciava ao passo em que as sombras prevaleciam.
Sob a falsa luz que o iluminava, escrevia o que ainda podia retirar de seus pensamentos, os quais nunca revelava à ninguém. Ainda não chorava, porém seria hipocrisia sorrir.
O vento que penetrava no ambiente tornava-se sua única relação sensível com o mundo que tanto detestava.
Desenhou no velho diário a sua interpretação do que avistava,e por fim o guardou. Fechou a janela lentamente, apagou a luz e deitou na cama para nunca mais acordar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Culpas Passadas

O fogo que ardia na lareira terminava de consumir a lenha que, lentamente tornava-se brasa, até apagar por completo.
Sentado com uma taça de vinho na mão direita e um porta-retrato na esquerda, ouvia o som das fagulhas que saiam em meio as chamas.
A cada gole, fitava com atenção a foto que estava naquele porta-retrato. Toda amarelada, demasiadamente antiga, porém um rosto ainda era visível. Uma bela jovem frente ao lago. Talvez fosse verão, pois ao fundo notava-se um maravilhoso pôr-do-Sol.
Por minutos ficou ali, imóvel, quase nem respirava; até que em um simples movimento, colocou a taça na pequena mesinha ao lado, levantou, e se direcionou até uma velha cômoda que ficava perto da janela. Abriu uma das gavetas e guardou a foto. Voltou para o lugar que deixara, sentou novamente, virou-se para a mesa onde estava a taça e pegou uma caixa de madeira talhada decorada manualmente. Ao abrí-la, tirou um papel onde dizia:
"Te escrevo para dizer-lhe que hoje descobri o quanto você me faz falta. Viajarei com meus pais daqui a pouco, mas não partirei sem antes ter certeza de que te pedi perdão e que você me desculpou."
(11 de Novembro de 1986)
Após ler, guardou o bilhete e pegou um recorte velho de jornal, cuja matéria prosseguia assim:
-12 de Novembro de 1986-
" Acidente de carro deixa três mortos "
As lágrimas corriam em seu rosto, lembrou do que não havia feito anos trás. Ainda com mãos trêmulas, pegou uma caneta e no verso do bilhete que havia retirado novamente de dentro da caixa, escreveu a seguinte mensagem:"Eu te perdoo!"

terça-feira, 31 de março de 2009

A rua de sempre


Lá estava eu, olhando para o céu enquanto caminhava até chegar em casa. Naquele dia, provavelmente as nuvens roubariam de mim a satisfação de poder ver estrelas.
Ninguém passava por perto, era somente o ermo e solidão. Raramente eu queria andar vagarosamente, mas naquele dia nada fazia sentido.
Calmamente observei as flores que talvez eu nunca tivesse reparado. Senti o perfume das bela rosas e não mais queria sair dali.
Meu estado de graça pouco durou, pois logo me vi frente ao portão que fazia meus olhos encherem de lágrimas.
Agora estou aqui, inerte; apenas ouvindo os ruídos da noite e o som do relógio, mas sempre vou guardar comigo este dia e aquele momento. Talvez daqui a algum tempo eu tenha consciência de que fui feliz e não soube aproveitar.

domingo, 29 de março de 2009

Condição humana

Nesse instante estou sem criatividade para postar algo que realmente mereça ser lido...Então eis que deixo o meu blog para ir dormir...(na verdade fazer o trabalho de química!!!!)

Sem assunto...

Frase do dia: "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. "

(William Shakespeare)

sábado, 28 de março de 2009

Memórias


A chuva que cai apenas me faz lembrar de tempos remotos, em que eu era feliz e não sabia...

sexta-feira, 27 de março de 2009

Nostalgia

O clima lúgubre que se seguia podia ser percebido nos corredores e em cada objeto ali presente. O frio já era parte integrada do ambiente e no alto da grande escadaria, não havia espaço para nenhum tipo de calor. As vozes ecoavam como altos sonetos sem importância alguma e aos poucos, com o tocar dos sinos, iam silenciando, até nada mais restar. Por fim respirava-se a paz.
O chão era gelado e por detrás das portas de madeira talhada, nada se ouvia, apenas impressões, que às vezes se tornavam apavorantes.
Sentado, observando tudo, permanecia ali: imutável, estático e sem ânimo de levantar-se. Esporadicamente passos pesados partiam de um lado do corredor para o outro, mas sem permanecer por muito tempo.
As janelas todas sem vida, se tornavam parte daquilo que um dia fora um esplendor. Nenhuma planta, nenhuma vida. Nada era tão bom quanto o silêncio mórbido que perdurava por demasiado tempo que marcava em sua mente.
Os pingos de chuva que caiam, tornavam tudo mais remoto, e durante longo período, os pensamentos eram seu companheiro, amigo, confidente e acima de tudo, sua morte.
Hipocrisia, mentiras, falsas promessas e coisas ultrajantes, se distanciavam cada vez mais ao passo que se isolava em seu refúgio sombrio. Ao som estridente do aviso final, tudo desmoronava. O que era verdade se tornava a mais elaborada mentira, o que era bom transformava-se em horror e o que era eterno acabava.