terça-feira, 31 de março de 2009

A rua de sempre


Lá estava eu, olhando para o céu enquanto caminhava até chegar em casa. Naquele dia, provavelmente as nuvens roubariam de mim a satisfação de poder ver estrelas.
Ninguém passava por perto, era somente o ermo e solidão. Raramente eu queria andar vagarosamente, mas naquele dia nada fazia sentido.
Calmamente observei as flores que talvez eu nunca tivesse reparado. Senti o perfume das bela rosas e não mais queria sair dali.
Meu estado de graça pouco durou, pois logo me vi frente ao portão que fazia meus olhos encherem de lágrimas.
Agora estou aqui, inerte; apenas ouvindo os ruídos da noite e o som do relógio, mas sempre vou guardar comigo este dia e aquele momento. Talvez daqui a algum tempo eu tenha consciência de que fui feliz e não soube aproveitar.

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